terça-feira, 1 de julho de 2008

Descida do IVA: esperança ou motivo continuado de preocupação?

Hoje o IVA baixou de 21% para 20%.
Medida anunciada sem grande pompa e circunstância, pois se o Governo soubesse o que sabe hoje e que a economia não recuperou o que era expectável não tinha prometido esta descida. Esta é, pelo menos, a opinião maioritária dos economistas.
Mas este 1% de diferença não será sentida na maioria dos produtos e bens. Desde logo, nos bens de primeira necessidade. A alimentação como é taxada a 5% não haverá alteração no preço.
Portanto, o grande desafio a todos os consumidores será verificar se nos restantes produtos/bens e nos serviços sentiremos ou não esta descida do valor do IVA, em 1%.
Desconfio, contudo, que se verifique alguma mudança. Desde logo porque ouvi hoje de manha, na rádio, que os supermercados não iriam alterar o valor do preços, com a justificação que também não os tinham aumentado com a subida do valor do IVA. Depois temos os serviços e, logo no primeiro dia em que desce o IVA, assistimos ao aumento de alguns transportes públicos. Vejamos, por exemplo, o preço do bilhete do Metropolitano de Lisboa que subiu 5 cêntimos. E ainda temos mais um exemplo, os ginásios onde o Governo decretou a descida do IVA verifica-se que hoje a sua maioria não fez reflectir nas mensalidades que cobra aos seus clientes esta mesma descida do valor do IVA. O que já motivou uma inspecção a pedido da Secretaria de Estado do Desporto.
Portanto e mais uma vez, somos nós consumidores que temos de estar atentos às práticas das empresas, verificar se o preço dos produtos que fazem cobrar reflecte ou não esta descida do IVA. Exigir o que nos é legalmente exigível, assim como denunciar sempre que surjam problemas ou quaisquer irregularidades. Parece que contamos, cada vez, menos com a boa fé das empresas e elas contam mais com o nosso, dos consumidores, olho clínico.

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